“Rapaz,

Viemos DJ Laffitte e eu para Pernambuco para passar Natal e Réveillon nas terras que os holandeses tentaram tomar dos portugueses (na verdade o destino final é Porto de Pedras, AL). A viagem já estava marcada há vários meses para iniciar no dia 21/12. Depois de tudo marcado, descobrimos que aquela festinha (mais uma sessão) para comemorar os 30 anos de “Da Lama ao Caos” aconteceria exatamente nesse dia 21/12, com abertura de Devotos, em Recife, que foi a cidade de chegada do Janeura. Coisa linda de chorar. Perdemos a primeira noite da hospedagem já reservada em Porto de Pedras, mas ganhamos esse presentão de Natal.

Depois que o show da Nação Zumbi terminou, ficamos por ali, biritando e vendo a atração que ocorreu posteriormente (um pessoal tocando um maracatu ótimo com um DJ bem mais-ou-menos) e, quando eu olho para o lado, vejo passando a irmã e o irmão do Chico (sim, o Science). Eu não me contive e precisei tietar: “Posso dar um abraço em vocês?”. Abraço autorizado, um viva ao Chico e um coro de “Anistia jamais”. Isso foi só a primeira noite, inoxidável, estrogonófica.

No dia seguinte, aproveitamos para dar um mergulho na Praia de Boa Viagem com os tubarões, que para nossa alegria, não deram as caras. Após o almoço, botamos o pé na estrada para seguir até o destino final (Porto de Pedras) ouvindo o #628, que ainda estava na lista dos não ouvidos (#627 já tinha sido consumido). No caminho, Thaísa dormiu no banco do carona enquanto eu dirigia e roNca-roNqueava, mas acordou bem a tempo de ouvir o anúncio de ter soprado velinhas no show do Manu Chao. Muito obrigado, Mauricio. Ela adorou, ficou muito feliz mesmo.

E pra terminar a viagem, ao desembarcar da balsa entre Japaratinga e Porto de Pedras, a gente encontrou essa placa acima com a direção da cidade de chegada e de subida do inspirador do CCC, o traidor Calabar. São muitas referências em tão pouco tempo. Um salve ao Chico (o Buarque) e ao Chico (o Science).

Sds”

Marcos