Arquivo da categoria: tristeza

tá osso, nik turner e keith levene subindo together! mamãe…

When the Sex Pistols disbanded in January 1978, singer John Lydon (previously known as Johnny Rotten) and Levene formed the new band with bass player John Wardle (known as Jah Wobble). “John made a wise choice getting Keith,” Wobble said in 2012.

Their first album, Public Image: First Issue, reached No 22 in 1978 and was preceded by the classic single Public Image, which reached the Top 10. Their second album, 1979’s Metal Box, is regarded as a post-punk classic. With various drummers, the lineup took inventive new forms of post-punk, dub, freeform jazz and classical music into the Top 20.

Levene said in 2012: “People thought I was classically trained, which was bollocks. I knew the E chord, and ventured into E minor. We laid the music out on a plate for Lydon. He was very hip at the time and did really good work.” He played synthesiser on 1981’s The Flowers Of Romance, which was his last released work with PiL, but he played with Wobble again in subsequent years.

In 2021, the website the Quietus described him as “one of the architects of the post-punk sound, his guitar style occupying a space between angular abrasion and pop opulence”.

Levene enjoyed building guitars and had been working on a book about PiL with writer Adam Hammond. His partner, Kate Ransford, who, with his sister, Jill Bennett, and her husband were with him in his final hours, said he had died “peacefully, settled, cosy and loved”. The family have asked for privacy.

The death is the second high profile loss to rock music to have been announced in 24 hours. A spokesperson revealed on Friday that Nik Turner, the co-founder of the British space-rock band Hawkwind, had died at 82.

Announcing the death of the Oxford-born multi-instrumentalist, a statement released on social media said that “the Mighty Thunder Rider” had “passed away peacefully at home,” adding: “He has moved onto the next phase of his cosmic journey, guided by the love of his family, friends, and fans.”

When Turner was 13, his family moved to Margate, Kent, the town where he was first exposed to rock music. After a period in the merchant navy, he travelled and worked around Europe, studying the saxophone in his early 20s.

In Berlin, he was introduced to free jazz and, became convinced that self-expression in music was more important than technique. “I decided that what I wanted to do was play free jazz in a rock band. What I was trying to do in Hawkwind, basically,” he told Mojo magazine in 1999. (THE GUARDIAN…AQUI)

black, a pancada do araripe…

acabou de chegar (13h) a info muito muito triste: jr black subiu… PQP!

4.6 no lombo… caraca, tanto satanás solto porraí… e esses miseráveis não tombam!

jr black reinou em “bacurau” como dj urso e nos deu a satisfação de participar de um roNca, em abril2011 / gravado em são paulo, com o mombojó de acompanhante. fueda!

JISUS… a glote fechou geral!

) :

azoury…

lá pelos lados do remotíssimo fevereiro2018, chico dub ligou dizendo que estava na casa do fotógrafo/chapa ricardo azoury e blá blá blá… alguns meses depois chegava pra mim uma cópia em papel fotográfico da imagem que eu trocaria, tranquilamente, por dois dedos da minha mão direita para ter clicado a dita cuja… tá captando?

em poucos dias, Ela (a Fotografia) foi colocada num pedaço de parede na minha maloca que é degustado, diariamente, pela minha adoração extrema… tá percebendo?

pois bem, hoje, fomos implodidos pela notícia que ricardo azoury nos deixou, inesperadamente, para ficar ao lado de hendrix e cartola… PQP!

(geral do maracanã na final do brasileiro de 1980 entre fla X galo)

ricardo azoury

(1953 – 2022)

) :

AQUI, a postagem de fevereiro2018 relatando a história da Fotografia

a leoa…

Danuza Leão ajudou a civilizar o Brasil e a consagrar as minissaias

Escritora que dizia o que pensava, foi a musa de Ipanema e conheceu os intestinos do poder morreu, aos 88, no Rio

Ruy Castro

Há tempos, conversando com Danuza Leão, eu lhe disse que ela era a única pessoa que me faria quebrar a cláusula pétrea de que não se deve biografar pessoas vivas —porque a história delas ainda não terminou.

Danuza já passara dos 80 e seguia na ativa. Todo dia saía de seu apartamento em Ipanema, atravessava a rua e ia tomar um coco no quiosque em frente. Às vezes, variava e tomava um avião —ia a Paris, cidade que fazia de varanda, para observar o mundo.

A ideia de a biografar e tentar extrair dela o que nunca contara a ninguém era irresistível. Danuza também achava. Mas, como outras ideias irresistíveis, esta ficou por ali. Não havia pressa, éramos imortais.

Haveria também o desafio de definir Danuza sem os clichês de sempre. Uma mulher sempre à frente de seu tempo. A independência em pessoa. A verdadeira musa de Ipanema. Tudo isso era verdade, mas Danuza nunca se reconheceu nesses papéis. Sempre foi de uma implacável lucidez e portadora de uma bagagem que poucas mulheres reuniram numa encarnação. Certa vez, quando ofereceram a ela um programa de TV, alguém advertiu que era “um perigo deixar a Danuza dizer o que pensa”. “Porque ela diz mesmo.”

Danuza nasceu pronta, em 1933. A certidão diz que foi em Itaguaçu, no Espírito Santo, mas aos dez anos já morava em Copacabana. Aos 14, ainda de tranças, seu melhor amigo era Di Cavalcanti. Antes de completar 15, foi debutante da revista Sombra. Trocou o colégio por aulas particulares, livros impróprios para sua idade e viagens a Paris, Roma e Punta del Este. Sua turma era Di, Rubem Braga, Vinicius de Moraes.

Aos 18, foi convidada por Assis Chateaubriand a um baile no castelo do barão de Coberville, nos arredores de Paris, para promover os tecidos brasileiros —Danuza desfilou a cavalo, vestida de Maria Bonita. Ali decidiu que seria modelo na capital francesa. Pediu emprego ao costureiro Jacques Fath e ganhou.

Seu cabelo quase louro foi cortado de todo jeito e pintado de verde, prata e cenoura. Com desfiles todos os dias, em Sevilha, Madri, Veneza, não havia tempo para almoçar ou jantar —passava a camembert engolido com beaujolais. Mesmo assim, posou para Richard Avedon e Robert Capa e namorou Daniel Gelin, galã do filme “La Ronde”, de Max Ophüls, e dependente de heroína.

Dois anos depois, Danuza decidiu voltar. Ao chegar, em 1953, achou o Brasil muito chato e começou sua longa missão civilizatória. Seu amigo Sergio Figueiredo a levou para visitar na prisão o jornalista Samuel Wainer, proprietário do jornal Última Hora e protegido de Getúlio Vargas presidente.

Quando Wainer saiu da grade, ela se casou com ele. Mas, em 1954, com o suicídio de Getúlio, Wainer se viu na baixa, com o Última Hora quebrado e 14 processos nas costas. Em 1956, com Juscelino Kubitschek no Catete, Wainer subiu de novo. Danuza se tornou a primeira-dama da imprensa e locomotiva social do Rio, indo ao Municipal com as estolas de visom que Wainer mandava vir de Paris.

Durante seus sete anos juntos, Danuza deu a ele três filhos –que seriam a artista plástica Pinky, o jornalista Samuca e o produtor de cinema Bruno, todos Wainer– e conheceu os intestinos do poder. Foi à China e esteve com Mao Tsé-tung, ia a Brasília visitar as obras e, em casa, servia canapés aos banqueiros, militares, políticos e pelegos que faziam rapapés a Samuel Wainer. Vivia tudo isso com a naturalidade com que entrava na fila do Moraes, sorveteria de Ipanema.

Em 1961, Danuza deixou tudo ao trocar Samuel Wainer por Antonio Maria, cronista, homem da noite, feio, com quase o triplo do seu peso e compositor de “Ninguém me Ama”. Danuza ficou três anos com Maria, que escrevia, amava, comia, brigava e era ciumento na proporção de seu corpanzil —não deixava que ela andasse de calcinha em casa diante da TV porque, na tela do noticiário, o locutor Luiz Jatobá a poderia ver.

Mas Maria era também cardíaco e teve um infarto. Danuza emagreceu 15 quilos cuidando dele no hospital, de levantar e abaixar sua cama, dar banho nele e comida na boca e botar na vitrola os discos que ele recebia. Dois anos depois, se separaram. Maria teve novo infarto e, dali a meses, o infarto fatal. Mas, então, já era 1964 e ela nem estava mais no Brasil. Com o golpe militar, Wainer fora para o exílio em Paris. Danuza pegou os filhos e se juntou a ele.

Em 1966, quando Wainer se reequilibrou, Danuza voltou sozinha para Ipanema. Fez uma ponta em “Terra em Transe”, de Glauber Rocha, consagrou minissaias e namorou quem quis. Quando surgiram as primeiras feministas, que viam no homem um inimigo, Danuza fez do homem um aliado e inverteu um velho privilégio masculino –havia homens para casar e homens para namorar.

E, quando se casou de novo, entre 1971 e 1975, foi com outro jornalista, Renato Machado. “Jornalistas são divertidos”, ela dizia. “Chegam tarde em casa, têm certas vantagens do poder, mas não se deslumbram, e sabem de tudo antes dos outros.”

Os anos 1960 e 1970 foram de transformações –mulheres morando sozinhas, dizendo palavrão, trabalhando fora, trocando de marido. Nada disso era novidade para Danuza, muito menos o coquetel de sexo, drogas e rock and roll. Já os anos 1980 foram diferentes. Além de oito anos dormindo tarde, como “directrice” do Régine e do Hippopotamus, ela aprendeu o significado da dor —o suicídio de seu pai, o advogado Jairo Leão, e a morte do filho Samuca, ambos em 1984, e a morte da irmã Nara Leão, em 1989. Em todas essas desgraças, Danuza apenas se recolheu. Nunca dividiu sua dor.