elkinha, nossa linda… que sodade!
elkie / rio de janeiro / junho1976
elkinha, nossa linda… que sodade!
elkie / rio de janeiro / junho1976
janeiro1969 / estocolmo…
o início do fim do experience, bastante evidente… e que situação o corte do apresentador quando a rapaziada estava voltando pra saideira… a nhaca, talvez, tenha sido porque houve um segundo show em seguida… sinister.
este #145 é pra ficar sobre a face da terra junto com os discos de vinil e as baratas depois do apocalipse… chega+
confira aqui a lista das músicas tocadas no especial “heNdrix 4.5”
UAU… claudinha forévis!
ainda agora (são 11h) avistei, na mesinha da padaria, algo que há muito tempo não passava pelos meus olhos: uma pessoa lendo… um livro! UAU, uma cena do século passado. os transeuntes faziam OOOOOOOHHH! sabe come é né? isso, arregalando os olhos e levando a mão à boca, de tanto espanto… lembrei quando minha querida e saudosíssima amiga claudinha informava aos companheiros de noitada que era professora de filosofia… OOOOOOOOOOOOOOOOHHHHHHH!
claudinha forévis…
existe avenida, catedral, praia, carrinho de pipoca, estádio, programa de rádio, sanduiche, centro cultural, farmácia, padaria, banco (de $ e de praça), estação rodoviária, beco, centro espírita, livraria, edifício, sabonete, cinema, país, cidade com nome torquato neto?
rombolinho (meu primo romulo) não está mais com a gente (sodade da porra)… mas alguns dos negativos dele ficaram comigo. semana passada, cruzei com esta maravilha que foi registrada por volta de 77/78, no camarim – talvez do canecão – aqui no rio…
PQParille… e existem muitas outras igualmente inoxidáveis!
romulo forévis!
acompanhado, nessa música, por richard thompson (guitarra) & danny thompson (baixo)… fairport convention e pentangle, juntinhos!
tem noção se existiria “espaço” para Ele, atualmente, no cenário musical?
nem precisa queimar a mufa, basta imaginar que, no final dos anos 60, quando Ele apareceu, os “apressadinhos” de plantão – também – viraram as costas.
como diz nosso filósofo boça: “puta mundo injusto, meu”
“Eu durmo muito mal sempre, mas essa noite estava especial de dificuldade… Venho olhar a internet, e me deparo com a notícia mais triste dos últimos tempos : Lincoln Olivetti não está mais aqui, foi para outro plano.
O cara que formatou a música brasileira no padrão de disciplina gringo, na forma de compor, arranjar, tecnicamente em qualquer sentido etc.
Ele merece em homenagem gigante, ser nome de algo que represente acuracidade, competência e futuro.
O disco solo dele e do Robson Jorge, é uma referência de que é possível fazer um disco bem gravado MESMO, em qualquer condição, basta dedicação e talento.
Tem tanta história bacana sobre o mestre Lincoln, que meu Deus, esse cara sim merecia uma biografia, tem relevância.
Eu conheço o Lincoln Olivetti desde criança, na casa da minha tia Maria em Ramos, me lembro dele no final dos anos 70 com Robson Jorge, nos lendários churrascos da família Maia.
É gratificante que ele tenha nos últimos anos recebido carinho da geração mais jovem, com homenagens, e o mais importante convites para que ele continuasse exercendo sua sabedoria nos estúdios.
Estou muito triste, mas uma força artística como a dele já é parte do todo, é mais do que uma figura de santo, é gigante, é o todo, do copo d’água até o oceano.
Muito importante reconhecer, estudar e entender que apesar do Lincoln ser brasileiro, morado a vida inteira aqui, o discurso e referência da música dele não são exatamente “brasileiros” tem volta e meia esse viés muito em conta de alguns convites que eram feitos para trabalhar com artistas mais brasilianistas. Ele ia lá, e de um estúdio no RJ colocava todo mundo num formato realmente internacional, como nunca mais se viu aqui, não por ausência de talento, mas por preguiça, dá trabalho fazer certo no estúdio, execução, timbre etc.
A quantidade de vezes que escutei o 2o disco solo dele é absurda, e claro isso desde os anos 80.
Tecnicamente a única referência do Brasil que eu sempre tive foi Lincoln Olivetti, o cara que fazia uma “festa no interior” soar igual Earth, Wind & Fire, o cara que fazia os discos ficarem bem gravados, arrancar leite de pedra dos músicos etc.
Trabalhamos juntos somente uma vez, talvez pelo respeito que sempre tive, não queria banalizar a presença do mestre. Nessa ocasião em 1996/97 ele me convidou para fazer um disco junto, eu como tenho muita reverência, e sei exatamente como funciona aquilo tudo, preferi respeitar a história, e não me meter a fazer algo que fosse aquém da parceria amalgamada com o também gênio Robson Jorge.
Eu espero que o Brasil seja generoso, respeitoso, consciente, e homenageie com dignidade o cara que sabia tirar maior proveito de um estúdio, do talento dos músicos etc. Coisa rara… Depois “a turma” se especializou em adestrar gente sem talento, bandinha de menino rico, e ainda vender disco de ouro ou o que for, tamanha carência intelectual que não é de hoje…
Para as minhas convicções sobre música, é o final de uma era, de quando música popular era feita por músico de verdade, de extrema competência.
Agora é observar anestesiado, calado, essa geração sonsa, nefasta que momentaneamente comanda o barco… Vai afundar já já, porque não tem capitão, marinheiro, nada… Está tudo relativisado, desafinado, mal tocado, mal feito, mal concebido e ainda por cima sem ambição de nada.
Lincoln Olivetti é agora a energia protetora de quem olha a música com honestidade.
God bless U master, vc não veio ao planeta a passeio, vc realmente fez, e vai ensinar eternamente.”
Ed Motta
sabe aquele tipo de pessoa que te marca pra sempre,
mesmo que você não tenha tido muitos encontros ou amizade profunda?
a figura que, sem mais nem menos, aparece em seus pensamentos.
pois é, tobias é um típico exemplo desses seres que iluminam minhas idéias.
volta e meia, mostro – aqui no tico – alguma imagem captada pela xeretinha que, “inexplicavelmente”, habita
a gaveta de registros pra lá de especiais… pra mim.
a expressão, o “olho no olho”, o “fiodesencapadismo”, o enquadramento, o leve tremor… sodade!
tobias marcier / santa teresa (rio de janeiro) / abril1975
existem algumas maneiras de saber o tamanho da ausência… ou da sodade.
ôxente, você conhece bem o assunto, né?
não precisamos entrar em detalhes do coração apertado… da goela travada… do blublu… da perna tremendo.
anyway, anyhow, anywhere… é fueda.
mas outra forma de medir/conhecer o tal buraco é saber que jamais ele foi ocupado.
por mais que você tivesse feito força para esquecer dele, nenhuma chance de chegar um novo “hóspede”.
UFA… é isso que quero dizer: john peel subiu há exatos dez anos… deixou uma cratera em nossos ouvidos…
e, até hoje, ninguém se aproximou… ninguém se atreveu a fazer o check-in!
aliás, foi entrando nesse hotel, em cusco (peru), que Ele partiu para encontrar cartola e hendrix…
fotoca de gabba, fissurex em peel!
por aqui, a gente seguirá aprendendo, lembrando, reverenciando…
peel forévis!