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wilco, ontem (2)…

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por mais que todos tenham tido certeza da desorientação máxima testemunhada, em 11maio1987, na passagem do echo pelo canecão, ninguém poderia imaginar que o mesmo show seria tido pela banda como o mais estrogonófico de sua existência.

acontece que, com o andar da carrocinha, a situation foi maturando… o mundo foi girando e, em pouco tempo, o fato ganhou a real – e merecida – dimensão. procede?

pois bem, pela reverberação do show de ontem do wilco, no circo voador, tô achando que muito em breve teremos uma conexão forte entre a rapeize de chicago com os coelhinhos de liverpool envolvendo a cidade de são sebastião.

durante as duas horas e meia de ontem, por vários momentos, jeff falou da cabriocaricidade (?!) da noite… que a platéia era a melhor de todos os tempos, que eles estavam exultantes (dava pra ver mole), blá blá blá… o climão já era pra lá de positivo antes de subirem ao palco… depois da apresentação, todos (tirando jeff que vazou direto) faziam questão de garantir a excelência do show.

entre os fatos que contribuem para o olimpo de ontem, está a canja dada pelo cesar… um fissurado pela banda, colado no palco, que mostrou um cartaz tipo: “me chama pra tocar guitarra com vocês”… e jeff chamou o cidadão para surfar uma onda gigante (do bem total) em “california stars”…

D+D+D+D+

o la cumbuca, claro, registrou o monumental solo de nels cline em “impossible germany”…

ainda pelo la cumbuca, chega a informação que esse solo é motivo de total idolatria… que muita gente vem registrando as performances de nels, exclusivamente, nessa song.

PQParille!

antes do show, pedro blackhill (de cabeleira altíssima e setlist autografado na mão) foi registrado pelo próprio empresário da rapaziada:

blackhillwilco

só faltou (!!!!), ao fim do último bis, jeff dizer:

– pra fechar a tampa, vamos fazer uma couve de duas horas e meia com “dark star” do grateful dead… coisa rapida!

mamãe!

( :

wilco, ontem…

2016 acabando e pipoca a primeira certeza para as listas de fim de ano:

melhor show: WILCO (circo voador)… no top3

assim que cheguei na localidade para encontrar com fragmentos d’aTRIPA, neguinho foi dizendo: olha eles ali… era a banda, sem jeff, cruzando a avenida mem de sá depois de aquecer as goelas num pé imundo da região… com esse cartão de visita, evidente, que o circo voador presenciaria algo inoxidável.

às 22:30, em ponto, jeff & seus bluecaps começaram o serviço de trituração dos miolos presentes. casca, grosseria, estupidez… soltinhos, risonhos, à vontade… baterista monstro, repertório “10, nota 10”, platéia no bolso, coladaça, vibe total… jeff amarradão… e a presença do mais estrogonófico guitarrista que a lapa já abrigou em todos os tempos. sim, estou radicalizando radicalmente, pode incluir sala cecília meireles, circo voador, os cabarés dos anos 30, as pocilgas do século retrasado & os caralho A4… pode juntar toda a trosobada porque não vai dar para encarar a performance oferecida, ontem, pelo gigante NELS CLINE… PQParille, MEGA piration!

xeretinha, humildona, captou alguns momentos…

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nels & jeff…

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claro, pedro blackhill barbarizou no setlist de ontem (à direita) e juntou pra gente com o de 2005:

wilco-sets

inesquecível!

você consegue prender a respiração por 37 minutos e 43 segundos?

large

A orquestra de improvisação LARGE UNIT, comandada pelo baterista anglo-norueguês Paal Nilssen-Love, estará em turnê pelo Brasil durante o mês de outubro acaba de lançar ANA, o segundo álbum do projeto.

Ouça “ANA” neste link: https://pnlrecords.bandcamp.com/album/ana

A apresentação do Large Unit conta com 13 membros, entre instrumentos de sopro, cordas e percussões, além da colaboração marcante de dois percussionistas brasileiros: o berimbau de CÉLIO DE CARVALHO e a cuíca de PAULINHO BICOLOR.

Dentro do universo do improviso contemporâneo, o baterista e percussionista anglo-norueguês PAAL NILSSEN-LOVE representa uma força de criação e realização. Sua ligação com o Brasil é forte, tendo sido influenciado por Luiz Gonzaga, Milton Nascimento e Pedro Santos. “ANA”representa uma síntese de ritmos brasileiros, imersos na espiral alucinada do improviso jazzístico.

SERVIÇO
Sala Funarte Sidney Miller
Horário: 19h
Ingresso:
R$20,00 Inteira
R$10,00 Meia-entrada

Ingressos Antecipados: https://www.sympla.com.br/2209-large-unit__87206
Ingressos antecipados a venda até um dia antes do evento.

lee ranaldo, ontem…

prestenção na música que, volta e meia, lee ranaldo interpreta em seus shows…

com a maravilha acima de sandy denny ele fechou a apresentação em são paulo, sábado passado.

conclusão, com mais essa demonstração de total afinação ao meu coraçãozinho, lee ranaldo tem lugar cativo na gaveta das leNdas… simples assim.

ontem, ele hipnotizou o lotado teatro ipanema com um punhado de canções desconhecidas. que sensação inoxidável não identificar nenhuma das músicas tocadas. parecia que a gente estava na casa dele ouvindo um som despreocupadão.

ao final do show,  ranaldo foi ao encontro da rapeize.

claro, pedro blackhill chegou junto e a xeretinha também…

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os tuaregues, ontem…

Assunto: deserto
“ontem nem foi tão feio, naquele palco São Sebastião até que rolou bem com o público presente
acho que distribuíram convites para todos possíveis
os cambistas na porta estavam desesperados
o show foi fantástico, bonitaço, e parece que a banda também curtiu bastante”
pedro “blackhill”
tinariwen.tico

boogarins, ontem…

durante o show do booga, ontem, no oi futuro ipanema, ficou evidente que a banda deveria estar no tributo ao grateful dead, apresentado no post abaixo… caramba, a conexão é total… enfim, tomara que venha um outro projeto similar, aí sim, com nossos amigos presentes.

o fato é que o quarteto, mais uma vez, balançou a roseira com uma apresentação pra lá de inspirada… conhecido técnico de som quase gritou “chupa tame impala”, que situação. infelizmente, a vibe foi abortada com uma hora de duração devido à pane sinistróide dos amplificadores… deixamos o teatrinho (que, como quase sempre, estava sold-out mas inundado por cadeiras vazias. vai entender!) com gostinho de querer mais uns trinta minutos… hoje tem de novo…

booga2

“blackhill” + manu…

Assunto: Manu Dibango + Hermeto no Jardim Botânico (sábado, 10h)…
“ontem rolou Manu na Maison de France

hoje vai rolar às 10h00 no Jardim Botânico, com Hermeto e acho que a Cyclophonica Orquestra de Bicicletas (é isso ?)
vai ser interessante, chega lá !
abs”
Pedro “Blackhill”
manu1manu2

rolando forévis…

como se num passe de mágica, aos 45 minutos do segundo tempo (mais uma lembrança a rafael vaz), pipocou o conva para as pedras… foi uma surpresa, totalmente, inesperada.

no caminho para a arena, tive certeza que o mundo seria coberto pelas águas… só que, ao chegar no ex-maior do mundo, a lua (cheiaça) garantiu nossa permanência em solo terrestre e a “tranquilidade” do show…

rs4

cheguei meia hora antes da bola rolar… talvez por isso, não encarei fila, pressão, perrengue. rapidinho o som estrogonófico do PA sacodiu a rapaziada com ‘start me up”.

falar o quê de uma apresentação dos stones? quase tudo já foi escrito, gritado, gravado. a bula é a mesma de sempre, felizmente… como não encharcar os olhinhos com “you got the silver”? não imaginar que “gimme shelter” é uma das três songs mais inoxidáveis que a humanidade já criou? olhar pros cornos de keith richards e não creditar a ele alguns dos momentos mais cabriocáricos que já gozamos em nossas vidinhas? não lembrar de ron wood com o faces?

no final, com as luzes acesas, cruzei com a renata que do alto de seus 17/18 aninhos (fissurada em k.vile, deerhunter, liars, j.holter) colou na minha orelha e disse:

–  não estou acreditando que finalmente vi os stones e comecei a entender muitas coisas

PQParille, quase desabei com a percepção dela que mais parecia um charuto de bêbado… de tão suada.

em seguida, esbarrei com o chico (contemporâneo de richards. isso) que já testemunhou toda e qualquer banda foda que você possa imaginar:

– mauricio, ver os stones é como se fosse sempre a primeira vez

vazei tranquilão da arena ouvindo, volta e meia, a nação ronqueira celebrando a noite, aos gritos – RONCA RONCA… hahaha! D+!

para fechar a noitada, dividi umas ampolas com zé emilio rondeau, LENDA queridíssima… que, ontem, marcou a coronha de sua winchester (modelo 1963) com o décimo sexto risco… é fato, o show no maracanã foi a décima sexta vez que eles compartilharam o mesmo espaço… sideral.

cheers

ze+rs