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muita chuva, warpaint, carne doce e muuuuita chuva…

não lembro de ter visto tanta chuva por tanto tempo sem parar… PQP!

sabe quando você desiste de se proteger e entrega o corpitcho à fúria das águas?

pois é, foi assim que avistei nandão chegando ao HUB pro show warpaint/carne doce, ontem… de longe avistei a crionça andando tranquilamente sob o dilúvio que desabava na área do porto maravilha (?!)… parecia estar num domingão ensolarado em pleno calçadão de icaraí, que momento!

diante da tormenta que invadia o palco, neguinho inverteu a entrada das bandas: o warpaint abriu os sirviços (papo de 22:30) e o carne doce colocou a tampa.

o local estava bem cheio e animado. som ok, água pra todos os lados, espirros em profusão… o warpaint chegou numa boa mas acho que ficou evidente o perrengue causado pelos céus… jeeny iniciou a apresentação com uma sipituca no amplificador do baixo e não há humor que resista a uma nhaca dessas… o astral em são paulo foi outro (tem várias imagens no Utube). rolaram algumas mudanças no setlist e uma música a mais em sumpa…

claro que o espaço deu uma esvaziada depois delas… já era tardão, a chuva não parava (PQP) mas a torcida do carne se manteve firme e forte… D+

emocionante testemunhar uma rapaziada muuuuito jovem totalmente entregue ao som dos goianos… na minha frente tinha um garoto de uns 12 anos que vibrava e cantava todas as músicas da banda… FODA!

salma, literalmente, joga um feitiço estonteante sobre a audiência… as pessoas ficam envolvidas por ela (e pelo som da banda) em grau máximo de entrega…

depois do show, aderson (baixista do carne) chegou junto com a edição em vinil do “tônus”, o mais recente disco deles… “this is religion”!

pra fechar, picando a mula sob chuva inclemente (PQP), encontrei com a mitológica nathalie, figura fuNdameNtal n’aTRIPA… papo pra lá, papo pra cá e ela me entrega um bloquinho (lembra que o do programa estava acabando?) feito por ela, LINDO, lotado de carinho-amizade-participação… chorei em casa… FUEDA, “this is religion 2”!

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o fatiamento de corações, mentes & almas…

clique avassalador de professor vidigas, THE butcher em candangolândia!

mas a situation é a seguinte, imagina você numa partida de futiba onde um dos times em campo terá como linha atacante: garrincha, puskas, van basten, maradona e edmundo… isso, massive attack com CINCO monstros para enfeitiçar seus olhos, arrancar sua língua pela orelha, para te levar ao prazer incomum. captou?

pois bem, transporte tudinho para um local abarrotado por uns sete mil espíritos em sintonia total com um palco habitado por jim, nick, george, warren, martyn, david e larry… percebeu?

foi isso que aconteceu, ontem (domingo), no espaço das américas (SP) na volta de nick cave & the bad seeds ao brasa, quase trinta anos depois… grosseria em dose industrial apoiada por repertório barra pesada e performance como poucas vezes temos a chance de testemunhar.

tendo as gavetas do roNca como referência, acho que a entrega de nick ao seu ofício no palco pode ser comparada ao desejo incontrolável de bruce springsteen em fazer amor com sua (dele) platéia… PQP, fueda!

já comentamos como o recente percurso de nick cave na música é algo sem muitos precedentes… de como ele superou tudo, de como conseguiu enfiar uma criação sônica foreta da massificação nas mentes de zilhões de novos ouvintes.

a audiência de ontem estava 1000% inserida na música das sementes… para mim, foi surpreendente a quantidade de gente cantando todas as músicas, palavra por palavra. o show levou por volta de duas horas e quarenta minutos, na maioria do tempo, eu tive pertinho (à esquerda) uma menina muito jovem (com a namorada) que chorou em várias canções, se requebrou, urrou, pulou e se despediu com o rosto de felicidade plena… à direita, um pouco mais distante, tinha uma outra, sozinha… cacilds, ela cantou TODAS as músicas, quietinha, paradinha, mergulhada na mais profunda parte da piscina… D+

no que entrei, hoje, no asa dura, de volta pro rio, quem passa por mim no corredor?

– hey, foi você que cantou todas as músicas de nick cave?

– hahaha… eu mesmo. adoro muito. sei tudo

“from her to eternity”, “jubilee street”, “tupelo”, “the mercy seat”, “red right hand”, “stagger lee” e a surpresa, na marra, de “jack the ripper” ficarão séculos e séculos ecoando pela minha existência… D+D+D+D+D+D+D+D+D+D+D+D+

sabe a sensação das coisas serem positivas? do mundo andar pra frente?

mas nem tudo foram flores no espaço das américas… pela primeira vez em sua vidinha, a coitada da xeretinha foi confiscada pela produção de um show (produção nick cave). até agora não entendi direito como aconteceu o fato e, na boa, prefiro não compreender o que levou a coitadinha da xerê a passar quase três horas isolada do mundo… parece piada mas é pura realidade… pelo andar da carrocinha rolou um mal entendido fuderoso envolvendo o credenciamento de fotógrafos com a produça do show (nick cave) que determinou que os retratistas teriam suas MEGA máquinas confiscadas após a única música autorizada a ser clicada e que, depois do árduo trabalho (!), seriam enxotados para as laterais do palco (na platéia) e ali ficariam, isolados (acredite!) até recuperarem suas ferramentas… hahahahahaha, que comédia.

ao saber desse mal estar, simplemente, comentei: “muito obrigado pela credencial mas eu não estou aqui apenas para fotografar. paguei o ingresso para me divertir vendo o show onde bem quiser e com quem quiser. portanto, não me interessa registrar uma música apenas (a primeira do show)… e se vocês estão proibindo a documentação profissional do show, fiquem sabendo que a pobrezinha da xerê está mil furos abaixo de 99% dos celulares aqui dentro”

nesse momento, brotou uma eficiente e simpática funcionária do espaço das américas super disposta a atenuar a nhaca… e conseguiu.

enfim, fui obrigado a me separar da chorosa xerê que soluçava: “nunca aconteceu isso com a gente”… e respondi: “meu amor, ja que estamos em são paulo, pense no ensinamento do grande boça – puta mundo injusto, meu”.

mas já está tudo certo… disse pra ela que nada irá substituir os cliques que deixamos de fazer mas que, entre mortos e feridos, esse 14 de outubro mostrou como não podemos viver separados

L O V E

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segura a viagem…

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  9. (Introduced as “a prayer to Brazil”)

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  14. (Nick walked in the crowd)

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  15. (Audience members invited to the stage)

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  16. (Audience members on stage)

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  17. Encore:
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  20. (First time played in 2018)

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Note: Original setlist included Skeleton Key, Mermaids and Distant Sky as optional songs, as well as Jack the Ripper, which was played. Foi Na Cruz was attempted, but Nick Cave couldn’t remember the lyrics.

cineminha stick men, ontem, em nikity…

foram duas entradas no mitológico & estrogonófico teatro municipal de niterói, às 18h e às 20:30 (pontualmente). contando com todos os quatro níveis do diminuto teatro, a ocupação do segundo show (o mais “cheio”) deve ter sido de uns 50%… ou seja, mais um tombo do “carioca” na gaveta de prestigiar a música foreta dos padrões.

exatamente pela ausência de platéia que neguinho estava injuriadaço: “porra, não teve uma linha sequer sobre esse show na mídia” / “cambada de FDP que só quer saber de modinha” / “tô indo embora pra china, não aguento mais e vai piorar” / “PQP, esses quatro são o que há de mais foda na música e não vem ninguém”… e, por ser em niterói, a cuspida de marimbondo mais frequente: “que saudade da fluminense fm”.

enfim, os poucos que lá estiveram deitaram e rolaram…

tony levin sempre fotografando…

o setlist de são paulo, na sexta feira, que foi mais ou menos o mesmo se juntarmos as duas apresentações de ontem…

pra fechar, se você não conhece o teatro municipal de niterói, vale MUITO dar uma conferida já que ele é um dos raros motivos de orgulho (nosso) na presevação de uma instalacão tão espetacular… 10, nota 10

carl, toni & ritchie (na sexta feira)…

carl palmer (+ baixo e guitarra) trouxe  ao vivo rio (sexta feira) e ao teatro municipal de niterói (sábado) o show ELP legacy… manja, né? o repertório do emerson, lake & palmer revisitado pelo monstro da bateria.

no show de sexta, ele convidou as peças ritchie e toni platão para colocar voz em “lucky man” e “c’est la vie”, respectivamente…

(fotos de ARTS live frames)

nightdreaming (ou a goleada de oxford)…

tinha nego preocupadão que o ex-HSBC estaria vazio para receber a rapaziada de oxford.

felizmente, a cariocada + muuuuuitos forasteiros fizeram o bonito de colocar uma plateia bastante numerosa no estabelecimento… apesar de não ter se mostrado muito conectada ao palco, manja? de onde eu estava (lonjão) não consegui perceber uma parceria caliente com thom & seus bluecaps.

um casal ao meu lado dizia, constantemente, que a banda estava jogando para a arquibancada… talvez, até mesmo, para a geral… como sou bastante leigo no assunto, eu estava achando ótimo o repertório… com várias músicas soando inéditas.

xeretinha meio que injuriada pela distância do palco… mas segurou a marola e ficou bem feliz quando o som melhorou MUUUUUUITO a partir da metade do show.

passei batido pelo junun e por flying lotus… uma pena!

como jogaram para a arquibancada, o oxford team deu goleada (como sempre).

já a arquibancada…

segura o setlist:

 

 

 

cineminha david byrne…

vamos com calma… mas quem esteve, ontem, no rio de janeiro tem debaixo do suvaco:

sócio fundador do talking heads, parceiro de brian eno no MEGA extraordinário “my life in the bush of ghosts”, criou a descabelada trilha para the catherine wheel da coreógrafa twyla tharp (em 1981), gerencia o selo luaka bop (responsável por trocentos lançamentos brasileiros/africanos/caribenhos/asiáticos/marcianos), tem 11 discos solo e zilhões de parcerias/participações, produziu (em 1983) “waiting” espetacular segundo disco do fun boy three (ex specials), escritor, ativista, ciclista, fuçador, escocês de nascimento, iluminou a existência de tom zé… enfim, quando ninguém mais esperava testemunhar algo de novo sobre um palco musical, david byrne chutou a bunda dos incrédulos (chegou a doer na minha):

uma noite que ficará reverberando forévis… fueda!