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é deus, mamãe (3)…

aqui estão as emocionantes letrinhas de z´(da mar´) sobre os encontros – de sábado e domingo – com elomar, no rio de janeiro:

“Às vezes, em minhas elocubrações etílicas semi-delirantes, concebo listas, quase que instintivamente, como forma de passatempo até o sono chegar, em noites insones.E na lista de shows que eu gostaria ver (pensando apenas nos que são possíveis, ou seja, de artistas vivos, naturalmente), vem à tona nomes recorrentes como David Bowie, Tom Waits, Neil Young, Van Morrison, João Gilberto, Peter Hammill, Richard Thompson, Robert Fripp, John McLaughlin, Leonard Cohen e…Elomar. Felizmente, ele acaba de sair dessa lista de pretensões e se tornou algo realizado (assim como o objetivo de ver Grant Hart, Bob Mould, Bruce Springsteen e Walter Franco também se tornaram…ô ano bom esse de 2013, ao menos no que diz respeito a shows).No entanto, ver o Elomar era um objetivo que estava alguns palmos acima de ver a maioria dos outros citados.
           Há dez anos (03 de outubro de 2003), em uma viagem de ônibus da Bahia para o Rio, de tanto bater, parou o coração do meu pai, e assim ele passou dessa pra melhor.Como eu não estava em casa e tinha passado a noite fora (e não tinha celular, estava incomunicável), só fiquei sabendo do fato na tarde do dia seguinte.Meu irmão tinha ido pra Bahia na véspera, pro enterro, e já era tarde demais pra que eu também fosse.Me restou lamentar por ter que me ausentar na despedida.Ao voltar de lá, o meu irmão trouxe uma cópia de um cd que se tornou a minha trilha sonora por um bom tempo: era o mesmo album que você levou pra ser autografado ontem, “na quadrada das águas perdidas”.
           Até então, o meu contato com a música dele era superficial.Conhecia uma ou outra gravação avulsa, além de um disco do Xangai em que toca músicas do Elomar . Gostei de tudo, mas o impacto causado por essas audições ainda não haviam sido suficientes pra me deslumbrar, o que só aconteceu quando conheci o “Na quadrada das águas perdidas”.Às vezes acontece dessas coisas.Quantas vezes não gostei de uma música ou um artista no primeiro contato, e lá pela quarta ou quinta audição é que a minha percepção praquela coisa em especial se alterou (o contrário também acontece, gostar de algo de cara, e depois ver que é uma porcaria, mas isso é mais dificil de acontecer, rs)…enfim. O fato é que  ver um show do Elomar se tornou um objetivo pra mim.Nem fiquei sabendo desse show de 2005, algo que lamento bastante.O vi em 2010 na virada cultural de São Paulo;foi excelente, gostei muito do show (em especial da participação do Vital Farias, excelente artista, com reconhecimento muito aquém do que merece), mas o fato é que a vontade de ver um show SÓ do Elomar apenas cresceu, já que ele cantou pouco nessa apresentação.Em suma, a oportunidade de finalmente ve-lo chegou a cerca de três semanas, quando fiquei sabendo dos shows que ele faria aqui no Rio.Em outros tempos talvez ele tenha se apresentado por aqui mais frequentemente, mas atualmente é algo tão raro que eu nem cogitei a hipótese de não ir nas duas apresentações, já que sabe-se lá quando eu vou conseguir ver um show dele novamente, rs.E às 10h da terça passada, saí feliz da bilheteria com os ingressos pra apresentação, tendo sido o primeiro a chegar por lá.O esforço valeu a pena, já que os ingressos evaporaram no mesmo dia.
Tive um leve “susto” ao ouvir um sujeito falando na bilheteria que o show não seria dele, e sim um tributo,  com um grupo tocando as suas músicas.Pedi pra ler o release do show, e a descrição da apresentação só fez a minha dúvida crescer, pois era ambíguo, e de fato dava margem pra esse tipo de interpretação.Um funcionário da caixa foi lá dentro ligar pra produção, e voltou com a boa notícia : o Elomar iria participar de fato, do show.
          Quanto aos shows em si, nem sei bem por onde começar.Ver o sujeito tocando e cantando, de perto, foi uma experiência quase mística.Se ele não tocasse ou cantasse nada, e ficasse duas horas apenas falando, contando seus causos e idéias a respeito das coisas, o ingresso já  valeria a pena.Mas enfim, é melhor que ele também toque, rs.Gostei muito do grupo de violonista e da cantora que o acompanham, e que interpretam a maioria das músicas do repertório do show, mas gostaria que o Elomar tivesse participado da execução de todas as músicas, mas enfim, quem sabe em uma outra vez, em outro projeto.O fato é que ve-lo executar algumas de suas músicas nessas duas noites foi algo suficiente pra saciar a minha vontade de ve-lo, ainda que eu provavelmente fosse em  cinco shows seguidos dele, se por acaso ele tivesse feito cinco shows em vez de apenas dois.Não é todo dia que pode-se estar em contato direto com um mito (verdadeiro), e o Elomar é um dos maiores deles(é justo dizer que é um dos maiores entre os vivos e os mortos, por se tratar de um sujeito atemporal, avesso a modismos e modernismos (no show de hoje, inclusive, ao falar do Villa-lobos, que ele disse considerar ser o maior compositor do séc. XX, execrou as composições “modernas” dele, exaltando apenas os seus trabalhos iniciais, e dizendo que o contato do villa-lobos com os modernistas foi um erro.Não concordo, mas enfim, quem sou eu pra discutir ou rebater as palavras do mestre, rs). Enfim…final de semana épico, que guardarei na memória ao longo dos anos.                  “
(ps1 : Gostei mais do primeiro show, que foi um pouco maior, com mais falatório e mais música.No de ontem ele seguiu o roteiro, além de ter sido redundante em relação ao de sábado).
(ps2 : já foi na exposição “Pernambuco experimental”, que começou terça passada, no MAR?  Vale a pena a visita, tem uma parte dedicada a artistas e discos da década de 1970, é possível ouvir discos do Ave sangria, Lula cortês, Flaviola, o paebiru, etc)

Valeu Maurício, abraço, até a próxima 🙂

stephen o’malley em ipanema…

pode ter certeza que ele está ali no canto direito da foto… envolto pela escuridão, por dois amplificadores orange de guitarra (nas extremidades) e uma coluna ampeg para baixo (no centro)!

durante uma hora, stephen o’malley lançou ipanema (inteira) nas profundezas dos sons mais escabrosos já

ouvidos no berço da bossa nova! barra muito pesada… ALTO para meirelles!

a pressão foi tão violenta que teve gente baixando emergência depois do terremoto, em mais uma clássica noite oferecida

pelo festival novas frequências!

minha distância para o som gerado por stephen é parecida com a do vasco para a libertadores de 2014…

por mais que em alguns pontos tenhamos conexões bem fortes!

o’malley é 50% do grupo sunn O))), um dos mais adorados nomes da cena drone metal.

cortejado, fotografado, autografado, idolatrado, beijado (as “droninhas” estavam na área) e muito mais…

sempre sorridente, disposto, jogando junto, uma figuraça!

certamente, a apresentação dele poderia ter sido num espaço dez vezes maior que o oi futuro ipanema… e estaria sold-out, mole!

metida que só ela, a xeretinha (vestindo preto de cima abaixo) chegou junto…

manso, guitarrista do binario/tono/rabotnik, mostrou a coleção de K7/Lp/7″…

stephen: “WOW, você tem disco que nem eu sabia ter gravado”!

enfim, para um domingo que promete ser dos mais dramáticos, a música de stephen o’malley soou MEGA

contextualizada, atual, dinâmica, destruidora e arrebatadora!

mas eu não via a hora de chegar em casa e mergulhar fundo em cinco minutinhos de gregory isaacs!

( :

muito prazer, toop & chelpa…

eis o pai da criança, chico dub…

criado por ele, ontem, aconteceu – no oi futuro ipanema – a segunda noite do festival novas frequências com

david toop & chelpa ferro

barrão, toop, meckler & zerbini.

o inglês abriu, solo, por meia hora sem parar…

em seguida, sem quebrar a sequência, o chelpinha chegou junto… mais quarenta minutos com os quatro no palco, non stop!

conexão “cósmica/cabeleira altíssima”, improvisação em clima “muito prazer, somos o chelpa. igualmente, sou david”…

let’s play!

sinister… mamãe!

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cineminha the beatles…

ontem, no vivo rio… com a xeretinha de terninho & franja:

os ingressos estavam esgotados há dois meses!

a razão?

basta mixar: beatles, liminha, dado, barone, leoni, toni & convidados (paulo miklos, sandra de sá & cia).

ancorados por uma rapaziada (emerson-gustavo-cris) doutorada em john-george-ringo-paul! casca grossa!

não tem erro… ainda mais, quando a proposta não é simplesmente “vomitar” o repertório dos cabeludinhos

de liverpool… e sim, criar novas versões para canções MEGA conhecidas.

e mais, introduzir nos novos arranjos citações a the who, zeppelin e stones!

com todos esses componentes, o formato pode, tranquilamente, ficar uns 30 anos em cartaz!

diversão garantida!

D+!

o terra…

pedro “blackhill” é o maor colecionador de setlists no cone sul… mole!

sábado, tive o prazer de ver o caboclo em ação… na caça dos papelinhos!

e posso garantir que a técnica que ele utiliza é única… e infalível! leNda!

captou os repertórios, ali em cima, de beck e blur?

aproveitando o monento e o email do leonardo ali embaixo, algumas considerações sobre o festival planeta terra:

– foi minha estréia no dito cujo… portanto, não tenho como comparar com edições anteriores

– por estar credenciado, não tive as necessidades da rapaziada que comprou ingresso. aliás, o banheiro era o mesmo… e estava em ótimas condições. sem fila, limpo e água fluindo.

– as filas pra comes & bebes também eram bem razoáveis. inclusive, tinha balcão vazião e neguinho “fazendo questão” de estar na fila. normal, adoramos uma filinha, né?

– o espaço do festival não foi tão gigantesco quanto eu imaginava. a distância entre os palcos (dois) e as áreas de som & luz (house mix) era bem curta. a configuração foi mais pro horizontal que pro comprido, manja? e como não houve super lotação, a circulação foi muito relax!

– the roots e beck fizeram apresentações muito boas. ajudados por uma qualidade de som extraordinária. os dois funcionam como um carrossel sônico. é bala pra todos os lados. tudo misturado. vários estilos.

por exemplo – zeppelin/guns (roots)… e “tainted love” / “billie jean” (beck)!!!

– bernardão & os seletores, como sempre, estremeceram a pista… travis foi bacana

– o blur está na minha lista de bandas favoritas. vou curtir até mesmo se eles tocarem o hino dos listradinhos…

quer dizer… enfim, sou fissuradão! mas gostaria de ter gostado mais do show que fizeram, sábado.

pra começar, o som estava sofrível… pelo menos, de onde eu estava. pior ainda se comparado com a qualidade do beck e roots. ao final do show, muitos dividiram a mesma opinião.

mas o fato é que apenas o som não determina se um show é bom ou não.

o que mais me incomodou foi a falta de gás de damon & seus bluecaps.

eles pareciam muito cansados fisicamente. graham (o guitarrista) estava prestes a sair correndo pra casa…

com uma fisionomia triste, bodado, inerte… damon suou a camisa, tentou, se esforçou, tocou a bola redondinha…

mas, quase sempre, recebeu passe errado.

a tchurma que cola na grade é vibrante, pura energia… mas a que fica lá pra trás não empolga mermo.

um pouco antes, a mesma área estava lotada pelos fiéis seguidores de madame del rey… que vazaram tão logo o “show” acabou… aí, chegou a torcida do blur em quantidade bem menor e devoção quase imperceptível.

ou seja, a liga ficou ainda mais prejudicada!

a mídia diz que a banda “jogou pra galera” tocando hits como “parklife” e “tender”… caraca, se eles não tocarem essas músicas absolutamente comuns, tocariam o quê? as demos feitas por damon no mali?

a vibe brasileira, definitivamente, não impregnou a banda no sentido de fazer um show acima da média…

tanto que cortaram músicas do setlist… e encurtaram outras.

essa acabou sendo a segunda passagem “nota 7” do blur pelo brasa…

já que a de 1999, também, não entrou pra gaveta dos shows inesquecíveis.

será que um dia teremos a oportunidade de dar “10, nota 10” pro blur em solo brazuka?

no aguardo!

( :

ah… e respondendo ao leonardo, aqui embaixo:

– infelizmente não fui o responsável pelo dub tocado antes do blur. aliás, estou prestes a colocar, aqui no tico, umas letrinhas sobre essa “tarefa” de sonorizar determinados shows… como fiz, na quinta feira, em são paulo, com yeah yeah yeah’s e red hot!

+30, ontem…

os paralamas seguem festejando as três décadas na pista.

ontem, a trupe deslocou o eixo da zona oeste carioca… pressão máxima, no talo.

e a xeretinha coladona…

enquanto herbert aquecia o gogó cantarolando “quadrophenia” (the who)…

a vascainada juntava os sentimentos…

brunão, pedrão, biduzão, gabrielão e fredão… UFA!

alumeia nós, bigorrilho (hahaha, é ruim, hein?)…

e, claro, aTRIPA… sempre preseNte:

( :

cineminha bob mould (sessão loNga)…

manja o tipo de show que a gente vai sentir sodade, né?

volta e meia comento dessas afinações entre palco & platéia.

ontem, o circo voador (que fueda é esse lugar) nos ofereceu mais uma noite que, para sempre, ficará depositada em

nossos corações, lembranças… e ouvidos! PQParille!

músicas FOOOOOODA, entrega TOTAL, sangue/suor/lágrimas!

e meia dúzia de heróis se esbaldando como se fossem os derradeiros minutos sobre a face da terra!

claro, meia dúzia… não éramos mais que 300!

na boa, bob mould deve ter tido um sensação grotesca ao pisar o palco do circo e se defrontar com… ninguém!

afinal, 99,9% dos presentes estavam do lado de fora da lona nesse instante… mas bastou a primeira pratada da bateria para a “multidão” cair dentro… e que caída!

os 300 de sparta foram, junto com bob, a atração épica de ontem!

pausa:

pelamordedeus, vamos parar com essa merda de jogar no ralo mais uma palavra que SEMPRE teve importância.

caraca… atualmente, qualquer showzinho mequetrefe, patético vira “épico”… que porra é essa?

o pior que neguinho acaba acreditando que determinadas inutilidades têm importância! devagar com a louça!

enfim… épica, MESMO, foi a audiência de ontem.

bob estava super à vontade com a demonstração de carinho dos cariocas.

neguinho subia no altar para beijar, abraçar, idolatrar… e ele, tranquilão, sorrindo… amarradaço!

uma menção especial a quem, realmente, garantiu o show de ontem:

OBRIGADO, ROLA!

segue a sessão registrada pela xeretinha (descaralhadex)…

o homem-pássaro ainda em terra…

e voando…

moças em profusão (hahahahahaha)…

a xeretinha captou a “bicuda” (por pura coincidência)…

mais uma vez, ficou o ensinamento de um artista, com looooooooonga quilometragem, que tem a Música

como razão para sua (dele) existência.

antes de sair do palco, demostrou a sinceridade e emoção que pairavam em terras de madame satã…

bob mould não veio ao brasa fazer gracinha, tirar onda, posar de estrela.

aliás, vieram apenas os três… sem roadie/produtor/cabelereiro/assessor! na marra!

ele desceu diante de nós para mostrar com quantos paus se faz uma canoa.

para dizer de onde vem o apito do trem… para gritar, cristalinamente, o que é vital para nós!

ok, apenas 300… mas, certamente, aprendemos forévis… é o que importa!

depois de tudo, ele foi ao encontro da rapeize… mas, infelizmente, eu já estava longe!

UFA… que noite!

( :

M E T Á M E T Á…

segura o tranco…

logo logo, chegará papai noel / reveillon… e o diabo aquático, certo?

aí, vamos olhar pra trás e relembrar, de preferência, as boas coisas que aconteceram em 2013…

e na gaveta de shows – já adianto – terei a presença de um que aconteceu ontem, no rio de janeiro: METÁ METÁ!

brutalidade em sua forma mais brutal… grosseria, estupidez, “cabeleira altíssima”!

sabe quando a gente testemunha algo muito especial e difícil de acontecer?

pois é, foi com essa sensação que cheguei em casa!

juçara marçal, kiko dinucci & thiago frança (+ marcelo cabral/baixo e sergio machado/bateria)

enfeitiçaram ipanema, entortaram o arpex (logo ali adiante) e nunca mais sairão da lembrança de todos

que entupiram o studio rj!

aliás, felizmente, o público compareceu inoxidavelmente…

com fortíssima presença d’aTRIPA… D+!

se você não foi, não precisa se desesperar (tanto)…

já que a banda (em trio) estará – ao vivo – no roNca roNca de terça que vem, dia 1outubro!

lembra quando pedi para aTRIPA cruzar os dedinhos e pensar positivamente para que todos os detalhes

fossem afinados e o metá metá passasse pelo jumboteKo?

victoria!

nada segura a força de vocês! fueda!

como foi dito, terça passada, a reverberação do programa depende, exclusivamente, de nós!

a xeretinha registrou a rapeize prestes a entrar na nave…

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