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valeu ned…

Governador Valladares não posso dizer que era amigo de Nelson Ned porque simplesmente nunca o vi fora dos palcos. Certa vez no Night Club Parachoque, meca dos vozeirões que ficava em Cabo Frio UK, fui lá assistir a esse grande pequeno homem inaugurar seu microfone totalmente de ouro (FOTO), que eu contrabandeei e vendi para ele mediante parca comissão. Na época, eu estava amasiado com a secretária de cultura de um município fluminense e naquele show nossa relação estremeceu como Beth Caravlho quando leu que Luizinho e Carlito, o Marrom, ganharam 1 milhão e 100 para cantar no Reveillon do Rio e ela, Beth, 100 mil.
Minha amásia, intelectuala,  não suportou ver meu choro compulsivo enquanto Ned, The litte voice, descascava os abacaxis no palco, acompanhado de uma orquestra invisível que, me disseram depois, era um tal de play back. Eu chorava e apanhava, apanhava e chorava (nessa ordem) pois minha amásia se dizia intelectual e segundo ela intelectual não se envolve com cultura baixa (sem trocadilhos) como era o caso de Ned, o Neil Diamond de Parada de Lucas, o Nick Cave de Vaz Lobo, herói de nossas inconfidências.
Nelson Ned surfou ondas gigantes (igual a seu colega de prancha  Carlinhos Burle Marx), sem programas de calouros de alta tecnologia, como os de hoje, que em vez de jurados apresentam supostoc/técnicos/cantores.com.br que ficam lá rebolando nas ostras em rede nacional, num festival de egotrip que arranca vômitos nas pessoas, digamos, mais sensíveis como é o meu caso, o seu caso, o caso de Cauby, Marlene, Patti Smith. Minha nêga, digo, meu rei, estou triste. Olhei para a minha coleção de vinis de 78 rotações que arquivam a voz gigante desse anamita sensacional chamado Nelson Notta que, quis o destino, que não fôssemos amigos. Baldinha, minha esposa, ela, Balda Ferrare, não gostava de Ned porque prefere nerds como Anitta e outras barangas. Mas isso é problema dela e não meu, nem seu, nem dos leitores. Valeu Ned!!! Cantor das pequenas (sem trocadilho 2) multidões. Ummagumma Ferrare, soterrado em Iguaba, UK.

artista é o c _ _ _ _ _ o…

Governador Valladares, como diria Pedro II, cachê no lorto dos outros é Sukita. Leio na FAlha de São Paulo que Luizinho (do trio com Huguinho e Zezinho) e Charlinho Brown de La Bahia de todos Los Santos abiscoitaram um milhão e cem mil reais de jabá para cantarem no Reveillon de Copa-Barbárie-Cabana, na virada de 2013 pra 2012, digo, pelo visto, para 1968, 13 de dezembro, UK. 550 pilas pra cada um rebolar, cantar, enrolar, enfim, cair de boca no patrimônio público. Ou venderam Copacabana para a privada e não me avisaram?

Gov. my Gov, certa vez, Chapado na Casa do Guimarães, proferi um breve discurso: “pior que político, só artista”. É Gov. com aquelas carinhas de fome, sede, frio e fissura, como aranhas eles vão enroscando o orçamento público de tal forma que no final sai todo mundo enrabado. Menos eles, os bilionários cantantes. Quer que eu fale dos cachês pagos a Gil-lândia e Caetanoland no Reveillon de Salvador? Não, não quero largar um barro no remix de ceia que 187 por cento da audiência do programa comem até 31 de janeiro.

Fato é que quando Pedro Alvares Cabral chegou na Bahia fugindo do IPTU, antes de Pero Vaz de Caminha mandar um escravo a nado a Lisboa com uma carta pedindo emprego para o cunhado, um artista do Cirque de Porrei, que ficava no alto do mastro gritando terra à vista pediu para ser contratado por Cabral. O artista alternativo, que nas horas vagas (o dia todo) fazia malabares nos cruzamentos de cavalos em Lisbôa, pediu o equivalente hoje a um milhão de dólares para fazer uma performance na areia de Porto Seguro visando engrupir os índios. Como já tinha depositado toda a grana da viagem numa câmara mortuária no navio, Cabral olhou com desprezo para o artista, com aquela cara de coitadinho. Olhou e disse: “sobe no mastro, bicha do apocalipse!”

Em choro compulsivo o artista subiu, gritando, fazendo escândalo, irritando a tripulação e até os índios que, em tupi-guarani, perguntavam na areia “que porra é aquela?”. Para que o artista alternativo parasse de encher o saco, Cabral deu dois marinheiros para os índios comerem em troca de ouro e prata, rattle and hum. Incrível, Gov. my Gov. Os relatos do historiador Lauvenvindo Gomes, autor de “2001 uma Odisséia que foi pro Espaço” contam que assim que pôs a mão na grana, o então revoltado artista trocou choro por riso e caiu de boca no falo de Cabral, que aos chutes e pontapés sussurrava “sai pra lá, cadela vadia!”

Ou seja, Valladares de Minas, ébrio comandante disso aqui, esse papo de artista comer milhão já tem mais de 500 anos. Por isso, não acho justo que seja feita uma auditoria no cachê de Luizinho e Charlinho Brown só porque eles deitaram e rolaram. Sempre foi assim. Até Yuka Ona (FOTO) nada na grana da câmara dos vereadores de Nova Iorque. A praia é pública, logo, cagueis e andais minha nêga. Ummagumma Ferrare, Casa Jimmy, Santa Teresa, UK.

afro-bitch…

Governador Valladares, que coisa, hein? Governador Valadares ficou debaixo d´água e você nem para sair debaixo da colcha. E seus antepassados, Gov. my Gov? E seus antepassados? Foi por isso, aliás, é por isso, aliás, será por isso que nós,do bando Afrobitch (FOTO acima) vamos assumir a nossa condição de maioria absoluta nas praias do Rio neste verão. Nós, afroascendentes e afrodescendentes não damos ataques quando nos chamam de afrobitch por uma razão muito simples: somos bitch sim, e daí? Gov. my Gov. na primeira semana de ano novo vou cumprir um antigo ritual. Vou a praia do Leblon 11 vezes por dia, mergulhar 11 vezes, cagar 11 vezes e fazer 11 arrastões comunitários (coleta de biscoito Globo e cerveja pros flagelados de Governador Valladares, UK) e degustar Baldinha 11 vezes junto ao calçadão. Gestos nobres que tem essa grife: coisa de afrobitch. Gov. my Gov. quando você acorda de manhã, com aquela ressaca de marafa, se olha no espelho e não fala ” bitch, tenho orgulho de você”? Você não sabe e nunca procurou saber que afrobitch é também raça de cavalo e de cantor de funk carioca. Aliás, o funk carioca tem o nosso barro, o nosso sangue, nossa negritude, com letras de T.S. Eliot. Discorda, Gov. Discorda??? T.S. Eliot, poeta anglo paquetense, foi mulher de um cocheiro da Princesa Isabel. Esse cocheiro, afrobitch de boa cepa, era homossexual ativo do Conde D’eu, amasio da Princesa Isabel, grande mulher que abriu as jaulas para que nós saíssemos como bandos de pardais (Belchior) quebrando orelhões, táxis, ônibus, mijando na porta de edifícios. Isso é ser afrobitch, ou como berrava Lucélia Santos naquele filme, isso é ser “poooooooorco!!!!!!” Veja na segunda foto (FOTO abaixo) meus primos anamitas tentando esmerilhar a canastra da mocinha assustada no piscinão de São Gongôlo, digo, Gonçalo. Em sêmem, Gov. my Gov. a vida é muito maior do que uma canelinha quebrada por Vitor Belford Roxo, lutador de MaMaMa, que foi se arreganhar no ringue e acabou cacarejando como um gambá bêbado (essa é de Mulato Veloso). Feliz 2014, Gov. my Gov. pra você e toda a molambada que te ouve, te  lê e, se vacilar, te enraba. Ummagumma Ferrare, posto 11, Leblon, UK, GB.
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papai noel em punta del este…

Governador Valladares, também fiquei muito emocionado com a falta de higiene do presidente do Uruguai (FOTO), José Marijuanita, cuja genitália você babou até se fartar aqui no Tico Tico. Ainda neste verão irei a Montevidéo dar um abraço naquele adorável porco, hímem complacente da democracia ocidental, exemplo de simplicidade, fome, frio e muita cusparada na calçada. Enquanto afroascendente assumido, irei reverenciar esse pobretão que mora numa meia água e tem o perfil exato para ser  o prefeito de Magé, Guapimirim e Piabetá, triângulo sem bermudas daqueles cogumelos com LSD que 100% da população carioca iam comer nos anos 70.
Gov. my Gov. o Uruguai mexe comigo. Em 1999, fui papai noel de um shopping em Punta del Leste, onde as mães da crianças, todas catitas, ávidas, gulosas e famintas, vinham sentar no meu colo para tirar fotografia. Monge que muge, amigo do rei, irmão camarada, você devia ter visto. Uma delas, morena, olhos negros, uma verdadeira Capitu, gargalhava nervosa enquanto pedia “tá pra ostê retirar lo extintore de incendio que istá entre su pernas?” Posso falar, Gov. my Gov. posso falar? Comi muito bem no Uguruai e acho que é por isso, de tanto se fartar em glúteos e taparracas abundantes que Mojica não vê mais sentido na vida. Saciou la própria existência, gastou tudo. Afinal, Govinho, o que é uma BMW pierto de um lôrto rebolativo e sedento a caça de uma la pica em la calle florida? Hein?
Anos dispôs, los Paralamas Del Susexo foram tocar em Montivideo pela 4474 vez e, por un acaso de la existência vadia, eu estava no shopping, como Papai Noel. Vi Juan Barione de cuequita vermielha subindo num palquito para dançar pole dance ao som da banda dos fuzileiros navais da Bolivia, onde não existe mar. Louco, Barone cantava todos os hinos cantados na invasão da Normandia e no final, chorando muitíssimo, vestiu uma farda sobre lá cuequita vermiela e saiu abraciado com um bando de soldadios argentinos que estavam no Uruguai fazendo compras. Nessa época, José Mojica era um trilhardário surubeiro, dono de cassinos monumentais em Punta até que, de tanto comer e (dizem ) dar também, deu tudo para os orfanatos.
Gov. my Gov. você tem lá obrigación de entrevistar esse mico-leão dourado da política, raro, caro, corno, faminto, para que os ouvintes entendam, de uma vez por todas, que existe político honesto no Universo e não somente Fernando da Bagaceira. Bom ânus, Gov. my Gov. Bom anus novus pra ostê, ouvintas e Los Paralamas do seu Sexo. Ummagumma Ferrare, Caruaru, UK, RJ.

nem forbes nem sai de cima…

Governador Valladares, como vai você manceba de Juiz de Fora, Barão de Kingston, imperador de Volta Redonda a Liversmingpool do Brasil? Acabei de ler no Tico Tico a lista da revista “Fordes e não sai de cima” com os principais símios que ilustraram a paisagem brasileira (FOTO) nos últimos 12 meses.
Gov. my Gov. como tinha acabado de sair na mão e esquentar a preá antes de ler a lista, fiquei numa boa, ou, como dizem seus amigos de Paulínea UK, na novela das 9, fiquei DE boa. Bispo Valladares, a “Fordes e não sai de cima” tem mania de largar esses barros justamente na semana em que 0,0001% da população brasileira vai cear no Natal. Comer o velho e bom peru, acompanhado de farofa, cachaça e, se der, um arroto no juízo final.
Listinha de estragar apetite até de Zimmerman, o seu amigo, diante de uma ceia judaica, daquelas que tem um porco girando na churrasqueira como aquela rena que queria…queria…queria te dar alguma coisa que você, antes de saber o que era, dispensou a coices e pontapés. A rena chora até hoje ali no posto 19, onde nada acontece.
Listinha. Gov. my Gov. quando eu morava em Paquetá encontrei com Hélio Silva, na época historiador e, importante, vivinho da Silva. Perguntei “seu Hélio, de onde vem o nome Paquetá?”. Grosso, porco, pig, o velho ancião das letras arrotou “da puta que o pariu, seu vagabundo, sai pra lá inútil”.
Magoou-me, governador. Aquela sentença proferida no horário de verão, meio dia e meia, me magoou profundamente. Tanto que nem aquele peido de cavalo que levei no rosto, quando botei Gal Fatal para tocar na Praia da Moreninha me magoou tanto. Mas a vingança vem a cavalo. O puto velho, digo. H. Silva mergulhou, bateu com a cabeça numa lata de gordura de côco e se afogou. Esperei 5 minutos pra aquele puto sofrer e tirei o resto de homem do mar. Não puxei pelos cabelos porque Silva era careca, como a serpente que o rei RC gosta de comer dizendo “tô babando”.
Grato a mim por tê-lo Salvo, Sil, o velho, disse “já que você me tirou da merda vou contar o que é Paquetá. Acha que é nome de índio? Não é, babaca. Paquetá vem de “pocket”, navios compactos ingleses que vinham roubar o Brasil nos século 19. Como vinham impreterivelmente de 28 em 28 dias, batizaram o paquete, jorro menstrual nas mulheres, ou você nunca ouviu falar que “Mariazinha tá um horror…fica assim quando tá de paquete?”. Não, não ouviu?  Então, vá se f+=%$#@&oder.”
Já Paquetá é porque uma mulher chamada Luz del Fuego, amásia de cobras, jacarés, ratos e políticos, ia para Ilha do Sol quando, no barco, ordenou: “pára porque estou ficando de paquete”. O português que conduzia o barco perguntou “paquete está?” Aí virou Paquetá, onde ela desceu para arranjar folhas de urtiga para colocar na taparraca ensanguentada.
As listinhas da Forbes, como os paquetes, vem de 12 em 12 meses para…posso falar? Cagar a nossa ceia de Natal. Ou você acha que Ronaldo Fenômeno veio ao mundo pra que? Ummagumma Ferrare, da Casa de Papai Noel, UK, RJ, Born in the USA.

fora do eixo…

Governador Valladares, e aí brôu, tudo embaixo? Hein, Gov. my Gov.? Cheguei em casa fulo da vida porque uma viada do Engenho de Dentro, metidinha a hippie de Vaz Lobo (UK) me mandou um e-mail dizendo que uma foto minha tinha caído naquele templo masturbatório e difamador digital chamado Lulu. Fofoqueira esse Lulu. Baixei o aplicativo e dei de cara comigo mesmo (foto), versão Jardim Botânico, é sol, é sal, é sul. Baldinha, minha esposa, chegou a digitar no tal Lulu que “a vara de meu macho é mais incomparável do que aquele chute no saco chamado The Voice”. Emocionado, da rua mesmo, liguei para a minha mulher e disse “Balda, obrigado pelo elogio minha anãzinha. Se minha vara é mais incomparável do que The Voice, me sinto macho pra caceta”. Num lapso de memória RAM, Baldinha disse estar se referindo a outro rapaz, depois se arrependeu, disse que Lulu era eu, que eu era Lulu, enfim Governador, toda a vez que ela bebe esmalte Colorama da cor branca fica fora do eixo. O mais impressionante, Gov. é a cambada sem nada pra fazer. Molambada no ócio é um perigo. Séculos atrás, os vagabundos estavam tirando chato no porto, à toa, tudo de banzo acabaram fazendo: 1 – A Guerra do Paraguai; 2 – AI-5; 3 – Collor; 4 – Lula; 5 – Dilma – 6 – Lulu. Até onde vai o espírito vagabundo dessa molambada que enche o lombo de TV de LSD no Ricardo Eletro só pra ver ruga de artista em novela de baixo calão na TV daquele bispo seu amigo? Gov. my Gov. falem pau, mas falem de mim. Ummagumma Ferrare de férias no sul do mundo, UK.

calor na bacurinha…

Governador Valladares, como vai você minha nêga, digo, meu mestre? Estacionei minha Ferrari paulistana (FOTO) e vou procurar a Vejinha pra ver se a Vejinha faz comigo um perfil igual ao daquele paruara, cujo vídeo você vomita no Tico Tico. Que coisa. Que coisa, Gov. my Gov, é chegar em casa, fingir que não vi minha esposa Balda Ferrare amamentando um marmanjo e ir direto pro banheiro libertar os mulatos que todos nós, enquanto seres vivos, bípedes e carnívoros, libertamos dia sim, outro também. Na hora da higiene, peguei um jornal e não acreditei. O prefeito aí do Rio está derrubando a Perimetral???? Gov. my Gov. tomei Bardhall demais ou foi isso mesmo que li??? Porra, digo, poxa vida governador como pode peixe vivo viver fora da bacia, tendo um prefeito doido varrido, uma mistura de Lou Reed com Serguei no comando da 789a. metrópole do mundo? Hein???? Explica!!!! O cara vai derrubar a PE-RI-ME-TRAL (centenas de milhares de dólares) e ninguém, absolutamente ninguém tacou fogo nele, na mãe, na tia, nas ruas, nas praças???? Cadê esses veadinhos mascarados, hein Gov. my Gov.? Cadê eles? Bater em velhinha atravessando a rua eles batem mas encarar um manjubão mesmo, nada???? No dia seguinte da minha libertação de mulatos veio outra, mais forte, turbinada por um suco de mangaba com camarão seco que Baldinha fez pra mim, arrependida de ter dado de mamar a todo o bairro ontem. Terminei e peguei outro jornal para raspar o falo esperando encontrar manchetes do tipo “Enterro simbólico do prefeito em pessoa”, ou “Assassinaram o doidão”, ou “Black Powers mascarados comem prefeito vivo na Praça 15”. Que nada. O doido ganhou várias primeiras páginas elogiando aquele jardinzinho de veado campeiro que vão fazer no lugar da perimetral para dar um calor na bacurinha da especulação imobiliária. Como disse o seu herói paulistano, que canta em prosa, verso e vídeo no site do Ronca Ronca, quem não gosta de uma Ferrari vermelha no juízo final? Hein??? Ummagumma Ferrare, Varre e Sai, norte fluminense, UK, RJ.

ferrare & o rei…

Governador Valladares, veja como o mundo é redondo como um hímem. Hoje fui levar minha esposa Baldinha ao veterinário já que ela está apresentando sintomas não compatíveis com a normalidade humana. Balda Ferrare, a minha Baldinha, inventou de ser professora só para fazer manifestações, quebrar bancos e cruzar com primatas black blocs em plena avenida Central. O veterinário dela, no auge da consulta (eu estava na sala de espera e só ouvia os gritos e gemidos), depois que aquele hediondo colóquio acabou, disse-me que leu a minha biografia. De fato, Gov. my Gov. se você olhar na lista dos rest sellers do anos 1990 está lá “Da cabeça ao pau, via Grajaú-Leblon, UK, autobiografia de Ummagumma Ferrare, um cidadão abaixo de qualquer suspeita”. A capa (FOTO) já dizia que eu não ia deixar nada de fora, ia por tudo, fundo, até o talo naquele livro.
Um dia, coçando o saco e tirando um calo em minha mansão em Paquetá, o telefone tocou. Era o rei me ameaçando. Ele dizia que ao concordar com a publicação da minha biografia eu estava contribuindo para que a classe dele, do rei, parasse de censurar e achacar autores. Mais: o rei disse que ele, aquele ex-maconheiro do Rio Vermelho, a ex-mulher dele, do afrodescendente de óculos de intelectual estavam decepcionados com a minha passividade. Em seguida, me ameaçando com uma surra de sovaco mecânico, ele bateu com o telefone nos meus cornos, Gov. my Gov.
O que fiz? O lógico, o óbvio, o ululante: toquei uma bronha à beira mar e ignorei a ameaça. Mesmo quando o ex-maconheiro do Rio Vermelho me ligou mais tarde ameaçando me dar a própria bunda caso eu não abraçasse a causa da censura as biografias. Não abracei. Não abracei e aumentei em 300% a tiragem do meu livro. Tinha vendido um, passou a vender três. Um deles, o veterinário que degustou, digo, que atendeu Baldinha.
Gov. my Gov. penso seriamente em relançar a minha biografia só pra ver o rei esmerilhar a glande com lixa naval e ver o ex-maconheiro do Rio Vermelho cruzar com os cães em via pública. A vida é minha, honrada, cuspida e escarrada. Eu conto o que quiser. Mais: estou pensando seriamente em escrever uma biografia pirata sobre o rei, desde os tempos em que usava uma botinha só, para que o povo saiba quem foi o menestral baba cú de Pinochet, Médici, enfim, Gov. my Gov. vou parar porque, de novo, Baldinha está dando. E não é pra mim. Ummagumma Ferrare pensando em Brocoió Island, UK, RJ.

chovendo pedra…

Governador Valladares, que coisa, Governador Valladares, que coisa Governador Valladares, que coisa, Governador Valladares e assim iria, ad etérnum nessa mensagem torpe, boçal, levemente imbecil e não chula. Gov. my Gov. deram descarga no Rio de Janeiro e a cidade outrora maravilhosa, de sabiás cantando ao vento e mulheres pentelhudas se masturbando ao vento, virou uma cloaca de viada. Se você não sabe, e nunca procurou saber Governador, é que veada não tem cloaca, logo, segundo Darwin, o Rio virou um nada. Eu e Baldinha, Baldinha e eu estivemos aí para assistir ao Rock in Rio e quando o festival acabou, esperei minha esposa anã, amante e deveras curiosa, acabar de desentubar um robalo e fui para a Praça 15. Queria pegar uma barca para Paquetá, mostrar a minha amada anãzinha, símia de boa cepa, a terra onde vivi e de onde comecei a me corresponder com o Ronca Ronca. Lembra, Gov. my Gov. Lembra? Já se vão descaralhados anos e mais anos, anus e mais anus. Mas a fila na barca era maior do que o rabo de Lady Francisco nos anus 70. Lembro que quem desgovernada essa porra era Garotinho que mantinha com a PM uma relação incestuosa, escroque e barrenta. Agora, ligo o rádio e o aparelho, que um dia já foi fonte de criatividade, bom senso, elegância, vomita merda aos meus pés. O Rio está tão porco que até Baldinha parou de dar. O Brasil vive um processo de imbecilização tão forte, tão violento, que os bandidos açaltam com C cedilha. E você, Gov. my Gov. sabe que eu, Ummagumma Ferrare, nunca fui chegado à frescuras, mas que abrir um jornal e ver Nardo numa página, Diaguinho na outra, as celulites mentais e coxais de Vomitta na quarta e um remix mal feito da genial Marcia de Windsor na quinta é dose. Dose cavalar, Gov. my Gov. Por sermos putos (sim não negamos) mas imbecis jamais eu e Baldinha estamos dando linha na pipa. Não aguentamos mais ver professor apanhando de PM (foto) pela frente, pelas costas e pelo ar já que nos telhados da avenida Rio Branco há elementos da tropa jogando pedras e barras de ferro. Aí, chego no hotel, ligo a TV e tomo a cusparada final: The Voice. É Fueda. Ummagumma Ferrare, aeroporto internacional Tom Jobim, RJ, UK, rumo a Puta que Parille!!!!

ferrare & bruce…

Governador Valladares, tudo azul aqui na Zona Leste do Rio, UK, RJ, onde o Bosta em Rio borbulha ao lado da favela do autódromo. Baldinha, eu e nosso amigo Bruce Springsteen passamos o dia na praia  Eu, comendo acarajé, Baldinha comendo turistas e Bruce Springsteen (FOTO), depois de um cachaçal ontem à noite, comigo, no Leblon, passou o dia al mare, libertando mulatos em cima de mulatos. “This caganeira is historical, Ferrare”, confessou. Quase desidratado, o monstro do blues em determinado momento saiu na água e num inglês translúcido revelou ao pau de meu ouvido “Ummagumma se eu continuar cagando assim vou ter que tocar no Rock in Rio dentro de um táxi do Samu”. Eu disse “still and alive, Bruce. Deixa comigo.” E apliquei Floratil 600 com sorvete de iogurte derretido na veia dele”. O velho monstro do blues caiu duro na areia, mas o mulherio vez buça a boca, boca a boca e até rabo a boca. Transformaram o até então deprimente asa de águia da guitarra num lord. Dali, depois de largar um barro de despedida, Bruce, Baldinha, o turista Naby Clifford II fomos para uma sauna jantar. E estamos jantando até agora, Gov. my Gov. Baldinha come Naby, eu como gelo e Naby…deixa pra lá. Ummagumma Ferrare, o Bruce Sprinsgsteen de Paquetá, UK, RJ.,
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(foto rio news)

ferrare no festival…

Governador Valladares, você deveria estar perguntando por onde eu ando, mas certamente não está. Não que você queira que eu me estrepe no lombo desta vida, mas que pimenta na rabiola dos outros pra você é Sukita, isso é.
Eu e Baldinha Ferrare, minha concubina e esposa, estávamos presos, Gov. my Gov. Presos, incomunicáveis no Nepal, para onde Baldinha cismou de ir dizendo que “Ferra, meu rei, aquilo lá está cheio de artistas da Globo, e eu posso fazer um boqueteamento milionário naquelas montanhas”.
Convencido por Baldinha e pelo desejo público de degustar Aurora Mautner, a mais maravilhosa mulher que surgiu no Brasil desde Carlota Joaquina (Baldinha vai saber disso agora, lendo essas trêmulas e punhetais linhas) e que um dia vai permitir que eu chame seu pai, Caetano, de sogrão, fui pro Nepal. Lá chegando, Gov. my Gov., Baldinha saiu colando reclames pornôs nos orelhões da capital, Catmandu, onde os artistas faziam o surubão, digo, gravavam uma novela.
No décimo orelhão, a polícia nepalesa (FOTO) pegou baldinha. Os policiais, de cabeça raspada e roupas de rare khrisna, meteram a porrada na minha anã, Gov. my Gov. Para piorar, achando que ia corromper a polícia budista, Baldinha tacou a mão nas genitálias dos policiais na esperança de que eles concordassem em nos soltar, mediante um boquete coast to coast que só ela sabe fazer. Baldinha não sabia, e muito menos eu, que eles eram eunucos e gays, nessa ordem.
A cana foi dura, Gov. my Gov. Baldinha foi atirada a uma jaula cheia de africanos, traficantes de vacas, que a estupraram ao longo de 22 dias e 22 noites. Para meu desprezo e nojo, eu ouvia Baldinha dizendo “se ser presa no Nepal é dar, dar, dar, vou virar assaltante, hahahahaha”. Piranha!!! Em meus sonhos, ela, Aurora. Aurora, minha deusa. Aurora, paixão que gostaria de levar por essa vida, mas ela nem sabe que eu existo.
De repente, um caminhão parou na delegacia, lotada de policiais carecas e de túnicas vinho. O caminhão leva o esgoto do Nepal e joga na China, já que no Everest, evidentemente, não tem encanamento. Foi quando eu soube que aquele carregamento de merda ia para o Rock in Rio, se apresentar com a bunda Muse, de Nova Iguaçu.
No volante um guitarrista chamado Bruce Lee Spring, cujo pai já tinha sido motorista de ônibus e que vai tocar na quermesse do Rock in Rio. Durante a viagem, Bruce cantou 17 horas seguidas mostrando uma boa forma.
Eu e Baldinha nos jogamos no cocô e fomos para o Rock in Rio. Antes, defequei no meio da rua em homenagem a ela, minha Aurora.
Chegando ao Rock in Rio deparei-me com uma repórter de TV que me achou parecido com Pelé. “Não fode, minha filha” rosnou uma Baldinha enciumada, mas a repórter insistiu: “Quantos Rock in RioS vocês já foram?”. Respondi, pensando em Rui Barbosa: “nesse plural que você peida pela boca, nenhum minha querida.”
Meu plano era alugar meus ombros para as adolescentes pularem e, evidentemente, gozarem. Aliás, a platéia de adolescentes foi o que salvou naquela cloaca, Gov. my Gov. Um repórter falava em “cena índia” quando, qualquer Simonal sabe que “indie” significa “independent” em inglês. Pelo menos nas penitenciárias de UK, Rio, RJ, os pavilhões “indie” são de bandidos que agem sozinhos, sem quadrilha.
Chato pra caralho aquele Dinho Ouro Branco, hein,? Aluguei meus ombros a 5 reais por música, só para meninas, mas elas não tiveram nenhum orgasmo. Só falavam no tal do Muse, Muse, Muse que, quando começou a tocar, senti saudade da cela no Nepal. Puta qui parille. Ummagumma Ferrare, saindo da cidade do Rock rumo a cama de Aurora.

dylans…

Governador Valladares, não tem bom dia, nem boa tarde, nem boa noite. Estávamos jantando eu e o irmão de minha esposa Baldinha Ferrare, assistindo ganonet no telhado de uma sacristia (aos sábados funciona cmo termas romanas) aqui na Praça 11, Vaticano, Roma, UK. Eu e o irmão de Baldinha jantávamos, mas para não variar, Baldinha era jantada por um bando de peregrinos corintianos que vieram trabalhar nos sinais de trânsito, assaltando, fazendo malabarismos com cabeça de nego, cagando nas calçadas, enfim, expondo à visitação pública as verdadeiras veias arrombadas da América Latina. Alexander, irmão de Baldinha, é anão, negro, favelado, judeu e gay e, não sei porque, sente-se perseguido pela humanidade.
Gov. my Gov. assistindo a TVs do Brasil soubemos que os bandidos infiltrados nos manifestantes de merda no Rio são PMs. Tá bom, até aí morreu Tancredo Neves. Passo 2: os PMs infiltrados incendiaram outros PMs infiltrados com coquetel molotov. Também não é novidade. Tudo combinado. Mas a indignação geral da mendicância aqui em Roma foi quando aquele ricardete de merda, dono de uma TV chamada Mija Ninja, que sonha em trabalhar com Faustão, meteu a cabeça entre as fezes (foto) como uma galinha da Praça Mauá! Afinal, esse avestruzinho pediu desculpas, elogiou o prefeito e até el gagalión, Cabra???!!! Como assim, Gov. my Gov.??? Os mendigos, decrépitos, ordinários, Bob Dylans e arrombados aqui acham que o CEO da Mija Ninja deve ter ganhado um emprego vitalício, tipo 30 mil reais por mês para ir lá dar uma mijada por semana. Foi o que Alexander falou: “Se eu não fosse quem sou the people acreditaria que PM mata PM porque PM é PM.” Entendeu, Gov. my Gov.???? Entendeu a ilógica do animal??? Alguém concorda que os verdadeiros manifestantes treparam em cabides de emprego e os mascarados são PMs à fantasia??? Hein???? Explica, Gov. my Gov.!!!!! Ummagumma Ferrare, Praça Mauá, Vaticano, Roma, UK, RJ.